quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Preparação

Considerando o período que aí se avizinha, de estudo, frequências, orais de passagem e melhoria, e atendendo ao facto de que para alguns é a sua primeira vez, pensamos ser pertinente reflectir o que aí vem.

A fase de exames é sempre um filme, por assim dizer, com tudo o que temos direito, as injustiças que, infelizmente, acontecem não só nesta mas na maioria das faculdades: desde os professores que dão 7 a um aluno num exame, vamos a ver e, após recurso de nota, afinal não era bem um 7, era mais um 12; aos atrasos de duas semanas na secretaria para uma pessoa saber notas de frequências, datas de exames orais de passagem ou melhoria; até mesmo aos professores que perdem exames escritos de alunos.

É urgente uma organização eficiente e coerente!

Uma pessoa liga para a secretaria e, ou nos despacham de imediato, ou ficamos meia hora ao telefone à espera (para no final recebermos aquela resposta encorajadora, pela 3ª vez, em 3 dias: "estamos a lançar notas, a sua deve estar disponível ainda hoje"), o que só nos leva a desistir de ligar e a deslocar-nos para a faculdade, e aturar as filas, as informações mal dadas, entre outros.

Outra questão controversa é, com certeza, a questão dos pedidos de recurso de nota. Basicamente, pagamos 5 € e tanto para termos a nota que merecemos, sem retorno, ou seja, 5 € para que um professor corrija o erro de outro e nos dê a nota que entendemos ser a nossa. Talvez fosse só justo e natural (e atendento até ao curso em que estamos), que tal quantia nos fosse devolvida quando a nota é realmente alterada, para não existir aquele sentimento que "ah paguei para ficar com a nota que mereço". Nos exames do ensino superior (v. Regulamento de Exames 2008, ponto 25.3), quando o exame é remetido para reapreciação, são depositados 5 € pelo requerente, quantia essa que é "arrecadada no cofre da escola até decisão do processo, sendo restituída ao requerente se a classificação resultante da reapreciação for superior à inicial, passando a constituir receita própria da escola nos restantes casos". Não é compreensível por que razão tal medida não pode ser imposta a todos os estabelecimentos de ensino superior. Trata-se de uma questão de enriquecimento injustificado da faculdade à custa de um aluno, por culpa da incompetência de um assistente!!

Várias questões às quais, por agora, não encontramos resposta, mas que esperamos que em breve, encontrem solução.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

É possível mudar

A faculdade está a ponto de entrar em plena época de alvoroço, como muita gente gosta, campanha de listas, oferecem-se muitos brindes, ele são canetas, porta-chaves, isqueiros, réguas, marcadores, tudo do bom e do melhor para garantir mais uns votos, agradar a mais uns alunos e a questão que impera é: porque é que em vez de nos darem tantos brindes, nos encherem os ouvidos de música e frases feitas, nos prometerem este mundo e o outro, não começam por aplicar o dinheiro (e muito, certamente) gasto em tanto material de campanha, num esquema semelhante ao dos plasmas (que segundo o que os alunos sabem foram comprados metade com dinheiro da associação, metade comparticipado pela faculdade) e negoceiam com a Faculdade a compra de quadros novos, arranjar as cadeiras do A1 ou arranjar as janelas que não fecham nas salas? Seria, sem dúvida, a melhor forma de cativar os alunos, dando-lhe o que precisam e o que compete (não que material escolar não seja sempre útil, mesmo que a meio do ano lectivo...). No entanto, o que se tem de pensar é: sendo que, uma lista quer convencer os alunos que está apta a ser a melhor associação possível, o que é mais vantajoso, dar réguas, canetas e outro material de escritório/escolar ou provar que está à altura daquilo que se espera enquanto associação?

Atenção, o que acima foi proposto é uma sugestão, para as almas sedentas de sugestões!

Esperemos que seja posta em prática, pelo bem dos alunos...

O MAPA gostava de agradecer todos os contributos positivos que têm sido dados. São esses que valem a pena e nos fazem continuar. Um muito obrigado

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Carta aos Alunos

Caros alunos,

As enfermidades das quais a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDL) padece são, na sua grande maioria, profundas e cuja resolução não se afigura fácil. Esta dificuldade prende-se com o facto de muitos dos problemas da FDL estarem profundamente enraizados na mesma.
Vejamos o caso da Apatia Estudantil.

Os Alunos não se interessam, não se preocupam com o que se passa na Faculdade e que os afecta. Os Alunos não podem descurar a realidade em que vivem, não devem desligar-se dela. Se não formos nós (Alunos) a lutar por uma melhor Academia quem o fará?

É preciso perceber, interiorizar e, sobretudo, acreditar que os Alunos, unidos, são uma massa critica difícil de ignorar. Hoje, esta unidade não existe e por isso as relações de poder Professor-Aluno estão tão desequilibradas. E é por estarem desequilibradas que cada vez menos a voz dos Estudantes é tida em conta. As próprias Associações de Estudantes (AE) estão enfraquecidas na sua base. Que credibilidade tem a AE nos órgãos onde tem assento?
Actualmente a AE não representa os Alunos, apenas uma pequena parte deles. E isso tem de acabar. Temos de remar todos em uníssono, senão dificilmente iremos conseguir mudar o estado de alma da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Uma Associação de Estudantes que efectivamente represente todos os Alunos (enquanto corpo/grupo) não pode ser uma utopia, tem de ser uma realidade.
Acreditamos que, quando tal acontecer, as relações de poder equilibrar-se-ao e os Docentes passarão a dar-nos a importância e a legitimidade devidas.

Porque a FDL somos nós!

O papel que o MAPA quer desempenhar é o de "espevitar" os Alunos, instiga-los à reflexão, à critica. Desperta-los, estimula-los e alerta-los para os assuntos/temas inerentes à Academia. O MAPA não pretende ser uma força bloqueadora, mas sim impulsionadora e pró-activa.

Desenganem-se aqueles que acham que o MAPA é contra as Listas e a AE. Nós somos a favor de todas as Listas, quer ganhem ou não. Porque, acima de tudo, o MAPA é a favor das ideias e de todos os projectos que tenham como objectivo quebrar a apatia em que a classe estudantil está mergulhada e que possam melhorar aquilo que muitos chamam de "2ª casa".

Importa referir e reforçar, uma vez mais, que o mais importante é a união dos Alunos, não a divisão. É por isso urgente acabar com as intrigas e os mal entendidos no seio dos Alunos. É altura de deixar de parte os interesses pessoais de cada um e juntar forças. O MAPA quer motivar os Alunos para tal propósito. Por isso, achamos que desempenharemos melhor este papel, esta função enquanto movimento imparcial e apartidário. Não temos por isso o objectivo de nos candidatarmos à Associação de Estudantes. Não é importante para nós. O importante é que os Alunos se mexam por aquilo em que acreditam.

Uma das pretensões do MAPA é a construção de pontes. Pontes entre os Alunos e os diversos órgãos e núcleos representativos dos Alunos. A triste realidade é que existe um fosso, uma vala profunda entre estes diversos órgãos e núcleos e os Alunos. Tal situação deve-se à grave desconfiança que muitos Alunos sentem face a estas entidades. Tal situação não pode subsistir. Temos de criar condições para este fosso desaparecer. Órgãos e núcleos têm de estar presentes na vida dos Alunos, não fora dela. E os Alunos têm de dar um contributo sério a estes mesmos órgãos/núcleos. O MAPA pretende colaborar com todos para que, não só tal fosso deixe de existir mas para também tentar levar este grande navio que é a FDL a bom porto.

Com os melhores cumprimentos



sábado, 19 de dezembro de 2009

Era uma vez uma avaliação contínua...

Era uma vez uma avaliação contínua que vivia na Faculdade de Direito de Lisboa feliz e contente, achava-se o melhor método de avaliação, porque tinha critérios justos e conhecidos pelos alunos, conseguia que todos se sentissem satisfeitos, porque os motivava. Até que um dia a avaliação contínua acordou e apercebeu-se que não funcionava mais que no plano teórico, quando na realidade existem professores que não a entendem bem, sendo que cada um "cria" os seus próprios critérios e adapta-os às especificidades dos alunos, digamos que é uma questão de justiça relativa/concreta. (!) O ideal para motivar os estudantes no estudo intenso que aí se segue. Porque é óptimo quando nos sentimos recompensados e acreditamos plenamente na nossa instituição de ensino. Devem ser coisas do Direito, pode ser que os alunos ao sentirem injustiças na pele, aprendam por magia o que é verdadeiramente a Justiça. Ai Fdl, Fdl... A nossa sina.

1.º Semestre

Acabaram as aulas, mas nem os nossos problemas, nem o MAPA tiram férias!

Não nos esquecemos do calendário de exames.

Acompanha-nos!

Junta-te a nós! Tu és importante!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Carta de Princípios

A Faculdade de Direito de Lisboa já teve dias melhores; foi, é e tem que continuar a ser a maior e melhor Faculdade de Direito do país.

Estando numa crise sem precedentes a nível internacional, é necessário pensar a Faculdade, congregando vontades díspares, assumindo na convergência do agir, soluções concretas que partam dos alunos para os alunos.

Reflectir para agir, agindo na reflexão. Face à paralisia em que se encontra a nossa Faculdade, decidimos que os alunos não podem esperar.

O Movimento pretende ser o catalisador de ideias que emergem do corpo estudantil para que voltes a acreditar. É a hora da alternativa para todos nós!

Porque queremos que acredites que é possível ter:

1 – melhores infra-estruturas;

2 – parcerias com o mercado de trabalho;

3- uma representação efectiva junto dos órgãos da Faculdade;

4 – voz perante os órgãos eleitos pelos alunos, responsabilizando-os;

5- transparência;

6 – melhores condições de estudo;

7- avaliar a actividade docente;

8- maior equidade na acção social;